CLICK HERE FOR BLOGGER TEMPLATES AND MYSPACE LAYOUTS »

domingo, 2 de dezembro de 2007

brasil vs. alemanha

Johann Sebastian Bach (1685 - 1750)
Concerto Italiano, BWV 971
I) [Allegro]
II) Andante
III) Presto


Aylton Escobar (n. 1943)
Cantos
(Recitativo; Coral; Martelato; Dramático)


Edson Zampronha (n. 1963)
Lamento para piano


Robert Schumann (1810 - 1856)
Estudos Sinfônicos op. 13
I) Tema - Andante
II) Estudo I - Un poco più vivo
III) Estudo II [- espressivo e marcato il canto]
IV) Estudo III - Vivace
V) Estudo IV [- canône I]
VI) Estudo V [- canône II]
VII) Estudo VI - Agitato
VIII) Estudo VII - Allegro molto
IX) Estudo VIII [- sempre marcatissimo]
X) Estudo IX - Il più presto possibile
XI) Estudo X [- con energia]
XII) Estudo XI - Con espressione
XIII) Finale (Estudo XII) - Allegro brillante



Bonus track:
Eufrasio Prates (n. 1962)
Letterblocks

Notas:
Ao colocar de frente compositores como Escobar, Zampronha, Bach e Schumann, pretende-se mostrar como o tratamento da música como linguagem se modificou em tempos e países tão diferentes como Brasil e Alemanha.

Começando com o Concerto Italiano, nos deparamos com as influências da escola italiana absorvidas por Bach - fato às vezes pouco lembrado ao se tratar do repertório para teclado deste compositor. Escrito na forma de um concerto grosso, este "concerto" foi concebido apenas para um solista, o qual é desafiado a recriar em seu instrumento o jogo entre tutti e solista, tão característico desta forma barroca, sugerido pelas alternâncias de texturas.

Cantos era originalmente o último dos "4 pequenos trabalhos para piano". De acordo com o compositor, as outras peças eram muito distintas, o que o levou a separá-las. Escobar desenvolve uma melodia que se transforma em caráter, andamento e textura, criando uma grande diversidade de efeitos expressivos. A obra se divide em quatro planos principais: Recitativo - Coral - Martelato - Dramático.

Edson Zampronha nos apresenta um longo e insistente canto, alternando entre grandes blocos sonoros, trechos homofônicos e uma polifonia não-ortodoxa. Comparado às grandes massas sonoras dos Cantos de Escobar, Lamento para piano desafia nossa percepção de modo mais delicado: através de pequenas diferenças na constituição interna e na repetição das sonoridades, Zampronha (re-)significa o modo como sentimos e pensamos tensão, dramaticidade, consonâncias e repouso.

Os Estudos Sinfônicos op. 13, assim como o Carnaval op. 9, a Fantasiestücke op. 12 e várias outras peças, nos remetem aos alter-egos do compositor de Zwickau. Schumann parte de um tema simples e elabora uma série de variações, às vezes adicionando outras melodias (estudos I, II e XII), apresentando apenas emanações harmônicas (estudos III e VII) ou outras diversas variações de caráter e andamento. O resultado é próximo a olhar um caleidoscópio: Schumann desenvolve sua obra como se nos obrigasse a ver de modos completamente distitnos os mesmos elementos essenciais.


Letterblocks, para definir muito sucintamente, e inspirado pelo próprio inspirador de Prates (Koellreutter): ludus atonalis - alfa privativo.

0 comentários: