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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

dívida paga.

, e é por isso, Beto, eu não sei direito como te explicar. Porque, veja bem, eu lido com os modos como criança lida com indefinições: fluidamente. Um tom maior, como te explicar? Mas a questão mais interessante, e graças a Messiaen o digo, é que se pode criar dezenas de modos diferentes. Bastam doze sons e pronto: aquarela umidecida e pincel e tela. Os renascentistas e medievais e Debussy sabiam bem das cores dos modos. O dórico e sua sexta maior, uma claridade que me extasia sempre. O lócrio que sempre pede para terminar para baixo. O lídio e seu ardidinho. Ódio à musica ficta. Ao acidente. Que é, de fato, um acidente, um desastre. Para esclarecer minha posição: a polifonia barroca, tão bem aliada à homofonia nascente da época, faz-me perdoar o abandono das gamas modais. Mas não o compensa, é fato. Para te explicar o que digo, digo: um modo é uma coleção ordenada de cores diferentes. Um pouco mais de branco ou vermelho em uma das misturas e se tem outro modo. Sim, os sons têm cores. Disso os latinos e eslavos entendem melhor que os germânicos.

P. S.: adoro dó natural na escala de mib menor.

1 comentários:

beta(m)xreis disse...

pegar a idéia de cores já foi alguma coisa. de resto, lindo de ler.